quinta-feira, 30 de julho de 2009

ODEIO SERTANEJO!


Poderia acabar por aqui, mas vou tentar fundamentar. Como se não bastasse letras medíocres, rima infantil, ritmo amador e cantores irritantes, a imagem mental que eu tenho de um fã da música sertaneja me deixa com uma certa repulsa. Sempre que escuto uma musica, me vem à cabeça uma gordelícia tonta (nada contra mulheres tontas, impressão sua, Wilson), com as mãos levantadas para o céu (com todo o cuidado possível para que a cerveja Cintra não derrame), um short-mostra-celulite e uma blusinha-mostra-pelanca molhados, em final de uma festa de arromba open bar, balançando a cabeça, com cara de sofrimento e cantando aquela música como se o cantor soubesse de toda a sua história com o Waltdisney e estivesse recitando para ela aquela maravilha de letra. Em outras palavras: o picareta escreve música padrão que acontece com qualquer corno pessoa que não consegue captar as especificidades de sua vida e a gordelícia acredita que ele está escrevendo pra ela. Isso tudo porque o Waltdisney, que possui uma Montana Saveiro 89 rebaixada com um puta sonzão e passa na porta da sua casa toda madrugada, a traiu com a Josilene Stephany.Deixe-me ser ainda mais chato: tenho plena convicção de que Andre Matos nunca compôs uma música para mim. Não me enxergo em nenhuma situação parecida com as músicas de Ella Fitzgerald. B.B. King, mesmo sendo meu parceiro de xadrez, jamais me mencionou em uma de suas músicas. Troquei várias idéias com Raul Seixas e Chico Buarque e não me importo de eles não terem me citado na autoria de suas músicas. Bob Dylan dividiu Hotel comigo esses dias em NY e mesmo assim se esqueceu da música que compus com ele. Entendem? Consigo me divertir – e pra valer – com músicos de verdade, mesmo sabendo que eles não cantam aquela música para mim, um simples eremita em sua taberna. Se Marx estivesse vivo, ele diria que esse fenômeno de se encontrar na música seria o fetichismo às avessas! Só mesmo assim para o proletário cultural se encontrar em algum lugar...Pô! Mas você está sendo preconceituoso. Tô! Mas você tem que respeitar a opinião das pessoas. Tá bom, Wilson, senta lá e deixa o titio te explicar: Pois é, tenho preconceito. Poucos, mas tenho. Um deles é o preconceito cultural – quando a pessoa não quer superar a cultura em que ela foi criada. Antes que os ditadores do politicamente correto venham me encher o saco: Não, não tenho preconceito nenhum contra outras etnias, tampouco contra homossexuais. Voltando: O fato de eu não gostar tanto desse tipo de barulho “música” não quer dizer que eu esteja desrespeitando as pessoas, estou apenas criticando a opinião delas. Entende: opinião é para ser debatida, a pessoa é pra ser respeitada! Tenho que me conter, é óbvio, para não levar para o lado pessoal, mas a opinião de quem acredita que sertanejo seja bãodimaisdaconta não é lá grande coisa.
Já escutei várias vezes que sertanejo é bom porque faz sucesso! Bando de irônicos, no país do carnaval o pessoal vai falar que o que faz sucesso é porque é bom? Pra quem conhecer um alemão entre 80 e 90 anos – eu conheço vários – certamente sabe que, na opinião dele, o melhor presidente da Alemanha foi Hitler (o bigodinho, versão pocket do Sarney). Meu avô acredita que os melhores presidentes do Brasil foram Getúlio e Médici. Não foram bons, mas fizeram sucesso! Mais: Quais os livros mais vendidos no mundo? Paulo Coelho e Bíblia. Qual desses que é bom? Pois é, cara-pálida, não há nenhuma ligação direta entre ser bom e fazer sucesso. Contanto que se aja para que uma massa acéfala aproveite aquele ato, nada mais justificaria o sucesso.

E pra terminar vou dizer que apoio com todas as palavras essa comunidade

Esse texto foi feito pelo meu amigo Ruan Espíndola, passa lá depois.


2 comentários:

Habib disse...

Misturou hitler, sertanejo, conceito de bom ou ruim. A única coisa em que entro em consenso com a idéia é no fato de sertanejo ser um lixo. Quanto ao resto, o texto está ridiculamente redigido, cara pálida...
Onde já se viu colocar a bíblia sagrada, a sagrada escritura, num contexto tão medíocre.

Marcos disse...

SERTANEJO NÃO É MÚSICA